OS CAÇADORES DE PREBENDAS

                                      Nada de Novo no Front é o título de um festejado livro de autoria de Erich Maria Remarque, escrito no início do Século XX, contra a exaltação militarista das guerras que faz mais vítimas do que heróis. Exaltam-se estes, mas se esquecem da maioria que são as vítimas inocentes que perecem sem saber o porquê.

                                      Percebemos, nos dias atuais, que se perseguem os cargos e funções pelas prebendas que eles oferecem aos seus ocupantes, para no futuro, bater no peito e dizer que fui isto ou aquilo. Não existe preocupação em servir, mas em servir-se. Não esteira deste narcisismo perecem o bem público e os interesses mas relevantes e maiores das pessoas e da comunidade.

                                      Começou a campanha para renovação do Conselho e da Diretoria da OAB/MT. Não vi, em nenhum dos postulantes, uma proposta concreta para a próxima gestão. Tudo se repete como antes no Quartel de Abrantes.

                                      Uma chapa da situação que não quer largar o queijo, insiste em exaltação de pretensos feitos que não fazem qualquer diferença. Na oposição, composta por maioria de desafetos, se promete renovar mas não diz o que. Discursos vazios de exaltações/autoelogios. A mulher virou o centro das atenções como um sedutor apelo eleitoral. Assim de demagogia tomou conta das eleições de novembro para renovação do Conselho da OAB/MT. E nós advogados e a comunidade assistimos a repetição de uma tragédia anunciada.

                                      Portanto, ganha Chico ou Francisco, e a situação continuará a mesma, pois a OAB/MT perdeu de há muito o bonde da história. Continua omissa de joelhos perante o Poder Judiciário. Este pisou no pescoço da Instituição e lhe impôs o silêncio subindo as custas judiciais a patamares inaceitáveis. O acesso à Justiça tornou-se uma ficção. E a sociedade e o advogado estão pagando o pato indigesto.

                                      Esta é apenas uma das questões (custas judiciais) que precisam ser urgentemente enfrentadas (sem jogo de cena), entre tantas outras, como o papel social e institucional da OAB/MT, mas não existe disposição e espirito público em fazê-lo. Enfim, somos e continuamos todos – aqui e acolá – vítimas de embustes, dos falsos líderes e supostos heróis caçadores de prebendas, neste País sem peias.

                                      Renato Gomes Nery – E mail – rgnery@terra.com.br

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