O DRAMA CONTEMPORÂNEO

Os jornais ocupam a maior parte do seu tempo e espaço para relatar os desdobramentos da chamada Guerra da Ucrânia, onde uma nação estrangeira – que acha uma das donas do mundo – invadiu e está tomando posse de uma nação soberana, provocando uma severa diáspora. Milhões de pessoas estão abandonando o seu pais invadido somente com as roupas e do corpo, à procura de uma vida melhor, sem bombas, sem terror e sem medo em outros países.

As perdas e os danos são imensuráveis. Um destino incerto acompanha as pessoas que irão começar a vida em locais sem empregos, com outras línguas, outros hábitos e outros costumes. Enfim, um drama evitável, uma judiação que é sinônimo de atormentar e de perversidade. E que tem origem nas perseguições e nos tormentos do povo judeu ao longo dos séculos.

Tem-se a impressão que parte do mundo perdeu a empatia. Tiranos sempre existiram e continuarão a existir. Um homem! Um único homem, com poderes absolutos, foi o responsável pela Segunda Grande Guerra e começou com a invasão de outras nações soberanas e desaguou em práticas e numa guerra de inenarráveis horrores.

E, no caso aqui relatado, é outro homem, com os mesmos poderes, o responsável pelo desastre que se amplia dia a dia, com pequenas chances de retroceder. Sabe-se como as guerras começam, mas não se tem ideia de como elas terminam. Neste caso, o arsenal nuclear do invasor,

é maior ou um dos maiores do mundo, nas mãos de um megalomaníaco. Nero pôs fogo em Roma e Hitler se suicidou, por não terem mais meios de levarem a empreitada avante. Na hora que o Czar em questão se vê ameaçado ou perdido, não creio que terá escrúpulos de não apertar um botão ou um controle remoto e o mundo irá pelos ares.

Registro a minha indignação e minha ojeriza a todos os belicosos e violentos de plantão e, principalmente ao atual Governo brasileiro que cultua a violência e os violentos e que liberou, sem limites plausíveis, a venda de armas de fogo para civis. Insisto, para que serve arma de fogo? Para matar e quem se arma não tem apreço a vida. Enfim, é o culto sombrio e macabro da morte!

Lamento, também, que a linda pátria de Bolívar, o exemplo e o libertador de grande parte da América Espanhola, negando a sua tradição libertária, caiu e promete não sair das mãos de uma trupe autoritária responsável pela maior diáspora das Américas e os seus filhos vagam impunemente por todo o continente. Se o Ocidente tivesse o mesmo apreço que tem com o Ucrânia, a Venezuela não seria o caos que é hoje.

Enfim, em situações extremas, como a aqui narrada, o destino das pessoas é usurpado de Deus pelos tiranos. Que a liberdade abra as azas sobre nós – impedindo o avanço do arbítrio – e as forças, luzes e os homens de bem deste começo de século impeçam que o pior aconteça!

Renato Gomes Nery

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