DNA DO MELHOR LUGAR DO MUNDO II

            Ser escritor no Brasil é um ato de bravura. Publicar um livro é uma tarefa hercúlea.  Num País onde grande parte da população luta por pão, a cultura é um artigo de luxo sonegado pelas hostes oficiais e por outros interesses do mandarinato que subjuga a nação desde sempre. 

            Enquanto Eduardo Gomes de Andrade, o Brigadeiro, trava uma luta insana para pôr e pôs de pé, o Segundo Volume desta obra o DNA DO MELHOR DO MUNDO, lançou-se recentemente, com pompas e circunstâncias, com apoio oficial, a edição de um livro laudatório sobre uma renomada figura histórica. Este é o Brasil, tal qual sempre foi: para uns tudo e para outros a severa taca! 

            Saúdo a obra, com renovado entusiasmo, pois somente confirma, a originalidade de quem ama de paixão este torrão e o conhece de cor e salteado, em balizar, através dos seus vultos mais destacados e de tanta gente valorosa esquecida, o perfil do Estado de Mato Grosso, livre do lenga/lenga da história oficial. Este Estado que tinha tudo para fracassar, após a sua traumática divisão territorial, triunfou, na imensidão do cerrado, transformando-se, de longe, no maior produtor/exportador de grãos e carne do País.

                               O autor é um entusiasta, como os escritores: Sergio Buarque de Holanda (Raízes do Brasil), Caio Prado Júnior (Evolução Política do Brasil) e Gilberto Freire (Casa Grande e Senzala), responsáveis pelo registro da formação do perfil do Brasil que se consolidava como nação, após tantas lutas percalços, no alvorecer do século XX.
                              Este livro (s), deve ser transformado em leitura obrigatória de todos os que habitam o MELHOR LUGAR DO MUNDO. Um pouco de boa vontade daqueles que tem poder e disponibilidade seria extremamente salutar para a consumação e divulgação desta empreitada, pois é preciso preservar e divulgar a nossa história, neste momento em que os cronistas estão escassos.  Insisto, no que já disse, em outra ocasião, quando defendi a publicação da obra:

                         “Os seus textos sobre os vultos mato-grossenses são primorosos, escritos de forma simples, informativa e direta, com as adaptações devidas, eu gostaria de vê-los transformados em livro para ser distribuído, como livro didático, pelas escolas, a fim de popularizar a história de Mato Grosso”.

        Fui profético, pois anuncio a publicação do segundo volume, com promessa de que em pouco tempo lançar-se-á o terceiro. 

                           Fica aqui, neste cantinho, os meus renovados elogios ao pequeno grande homem: ético, combativo, corajoso, primoroso jornalista e escritor, pela ousadia de lançar esta obra grandiosa de leitura fácil e acessível. Este livro é a prova de que ESTE GRANDE ESTADO GRANDE está consolidado, como de resto estava o Brasil, na terceira década do século passado. 

                     Renato Gomes Nery. E-mail – rgnery@terra.com.br 

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