ÔNUS DA REELEIÇÃO

                           

                               “Não te mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares.” (Josué 1 9 – Bíblia). “Essas palavras consoladoras podem se aplicar a todos nós ao buscarmos viver uma vida boa e vencer nossos próprios desafios distintos” (google).

                            Presenciamos espetáculos de fé legítima dos fiéis durante as Comemorações, no dia 12.10.2022, do dia de Nossa Senhora Aparecida a padroeira do Brasil. São incontáveis pessoas que acreditam que a Santa irá interceder para que elas alcancem a graça pretendida. O real e desassombrando testemunho delas não deixa dúvida de que alcançarão o fim pretendido ou encontrarão um alento para suas apreensões e dores.

                            O certo é que a fé do povo brasileiro é genuína e pura. Entretanto – em assuntos seculares – é preciso que se tome cuidado para que ela não seja manipulada para atender propósito não ortodoxos. Rumamos, no final do mês para decidir quem vai gerir os destinos do País. As duas opções de segundo turno estão cheia de “poréns” e “entretantos”. O cenário não anima sair de casa ou sacrificar parte do feriado prolongado para sufragar um dos dois nomes postos pelas contingências ao sufrágio eleitoral, imposto pelo stabeleciment, em segundo turno.

                            Os debates eleitorais se caracterizam pela lavagem de roupa suja. O sujo falando do mal lavado numa guerra fraticida para o eleitor tentar discernir quem é o menos pior, como se ele fosse um idiota que precisasse de mais esclarecimento nesta guerra de cruentas gentilezas.  

                            Enfim, um País que não se recicla e nem se renova. As velhas raposas se negam a deixar a ribalta e somos obrigados a assistir a reprise de um filme antigo ruim. Tudo passa, mas elas insistem em continuar nos assombrando com os mesmos trejeitos, as mesmas caras, os mesmos métodos e as mesmas promessas que não foram e nem serão cumpridas.

                                      A reeleição deveria ser banida do cenário político. Acreditar nela é a mesma coisa de não se crer que a vida não de renova. Que o mundo ficou parado no tempo e no espaço.  

                            O mundo transita para frente e não para trás. Os elefantes velhos se isolam para não interferir no curso do mundo. Essa gente, no máximo, deveria ser e ter a condição de oráculos que é a principal condição dos anciões. Ficar assombrando o mundo não condiz com a sua dinâmica.  

                            Enfim, temos o destino da formiga: ou acabamos com a saúva ou ela acaba conosco.

P.S. Não deixe que a dissensão instaurada pela divisão, em dois polos opostos, da sociedade brasileira contamine as suas relações pessoais, pois tudo isto vai passar e não vale a pena se envolver em discussões estéreis, gastando velas com defuntos ruins. 

                                      Renato Gomes Nery. E-mail – rgenry@terra.com.br

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